sexta-feira, dezembro 15, 2006


- Talvez comigo você tenha que sentir.
- “Sentir”, o que?
A perda de todos os nossos sonhos? O nosso fim? Planos vazios para preencher o nada? Redecorar a casa, talvez? Ou comemorar meu aniversário ou alguma outra data. Nosso aniversário.
Vamos acordar em outro lugar. Vamos dar um tempo... ir para uma praia e sentir a dor do vazio.
Se cansar, você lê um livro. Depois iremos comer em algum lugar caro que você odeie... para você virar a cara como se a culpa fosse minha.
Você acha que gosto de pensar que falhei?
Acha que gosto de sentir que te prendi num inferno... onde envelhecemos juntos, desejando não estar aqui?
Eu aprendi que não sentir nada é melhor.
- Houve um tempo em que havia amor. Deve ter havido. E foi você quem disse que a conversa era afrodisíaca, porque ela fluía. Como o néctar ou como um suco.
Dane-se! De que adianta?

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