quinta-feira, dezembro 28, 2006

2007 está despontando por aí. Já não sei mais se vale a pena comemorar uma data tão sem sentido. Um novo ano entra, e um velho ano que já foi novo, termina. As pessoas se iludem pensando que uma data vai mudar sua vida. Nada muda sem o nosso esforço e isso pode acontecer todos os dias, a qualquer hora.
Sempre final de ano é muito chato e todos os anos repetimos a mesma coisa, inclusive eu.
Gostaria muito que em 2007 eu pudesse mudar e sair da massa. Poder fazer o que se tem vontade sem entrar na loucura da massa humana, qua invadiu esse planeta e vive em condições infames para poder preservar a espécie. Será que é justo?
Matamos, roubamos, mentimos, enganamos, lutamos... para poder nos mantermos sobre essa terra que foi um planeta de vida e de cor. Hoje somos vermes que se arrastam nessa bola chamada terra, poluida e sem cor. Será que vale a pena comemorar?
Vamos refletir e ver se há realmente motivo para brindar.
Happy New Year! (hehehe)
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sexta-feira, dezembro 15, 2006



YES, um filme que vale a pena. O melhor que já assisti nos últimos tempos. Aí vão alguns diálogos do filme.....

Eles dizem que eu faço a melhor faxina do mundo.
Mas óbvio que asseio é uma ilusão.
Mas nós, que trabalhamos com limpeza, sabemos que......
A fonte da sujeira está sempre lá.
Você não consegue se livrar.
Não dá para esconder ou fingir que não existe, enquanto houver vida aqui.
Somos nós.
A pele que trocamos... e também o cabelo.
Eu penso no que faço como uma terapia para as casas.
Sabe, eu vejo freqüentemente a dor marcada em uma cama.
Você vê uma mancha que não deveria estar lá.
É claro que você sabe de cara o que aconteceu.
Mas, aí, você entra em outro quarto, onde ele guarda os “papeis”... como ele diz.
Ele dorme lá de vez em quando também.
(...........)
Duvido que algum dia eles imaginarão que eu sei de tudo.
Eles pensam que somoe pequenos de alguma forma, em corpo e mente.
Nós não fazemos parte do campo de vista deles, somos invisíveis.... fazemos mágica.
Indivisíveis um do outro.
Nós somos uma massa sem alma sem direito a falar...
Só servimos para manter a vida deles limpa e bonita.
“Esteticista”, é assim que deveríamos ser chamadas.
Ou consultores da sujeira.

Não, adorável mulher. Tudo o que quis dizer foi: você é única. A luz do meu dia, o veludo da noite, a única rosa, a mão que quero segurar.... o país secreto, a terra de todos os meus desejos.


A própria vida vem de uma fusão. “Dois” significa junção e separação, atração e rejeição, sim e não.
Não é um solo, mas um doce dueto que é cantado para nos trazer para cá... e depois esquecermos como era antes de nos conhecermos. Foram dois que nos trouxeram para nossa mãe. (E o desejo que nos leva ao amante.)

Nós deveríamos cantar em vez de falar. Ficaríamos livres para chorar ou nos alegrar. No final, sempre há uma escolha.

- Adorável deusa, prostituta e vagabunda. Você é meu amor, é a luz que me guia até você na noite.
- Abraça-me! Abraça-me forte.
- Sua voz, sua pele branca, seu perfume, sua presença me persegue. No meu quarto eu espero por você cheio de desejo. Sua fome parece acender meu fogo, o que posso fazer senão queimar? Estou em chamas por você.
- Antes de te conhecer... Agora sei que eu não estava vivendo. Isto é muito mais do que já senti, meu amor. Você me abraça e me derreto. Eu não sou mais sólida. Eu sou um sentimento.
Você me chama de vagabunda. E eu peço mais. Os nomes. Você já me chamou de nomes que nunca perdoaria se escutasse na rua. De alguma forma, de você, são palavras doces.
- O que posso te dar, mulher de sorte?
Quais outras palavras ou nomes?
Eu transo com você como amante, como rainha. Eu te adorarei com palavras feias e obscenas e tudo mais para te mostrar o quanto te adoro. Maltratar-te com palavras baixas.
Escute-me agora, eu vou murmurar coisas em seu ouvido.... uma torrente de fantasia e sonhos que você nunca confessou a ninguém.
- Sim, por favor. Sim, diga tudo.
- Deixe seus pensamentos proibidos serem ouvidos. Deixe as partes escondidas serem vistas.
- Sim
- O único perigo é que todos os lugares solitários... em que você esteve se dissolvam.... e você poderá ser vista florescendo.
Cantando.
Dançando.
Cantarolando.
Rindo.
Vem cá, meu amor.
Você está gozando!

- Talvez comigo você tenha que sentir.
- “Sentir”, o que?
A perda de todos os nossos sonhos? O nosso fim? Planos vazios para preencher o nada? Redecorar a casa, talvez? Ou comemorar meu aniversário ou alguma outra data. Nosso aniversário.
Vamos acordar em outro lugar. Vamos dar um tempo... ir para uma praia e sentir a dor do vazio.
Se cansar, você lê um livro. Depois iremos comer em algum lugar caro que você odeie... para você virar a cara como se a culpa fosse minha.
Você acha que gosto de pensar que falhei?
Acha que gosto de sentir que te prendi num inferno... onde envelhecemos juntos, desejando não estar aqui?
Eu aprendi que não sentir nada é melhor.
- Houve um tempo em que havia amor. Deve ter havido. E foi você quem disse que a conversa era afrodisíaca, porque ela fluía. Como o néctar ou como um suco.
Dane-se! De que adianta?

- Meu corpo virou uma propriedade sua. Agora eu o quero de volta. Como sempre foi. Mas tudo o que eu disse era verdade.
Como eu te adorei!
Sim!
Você foi divina!
- Tem algo estranho nas suas doces palavras. Minha dúvida é tão grande que está envenenando minha mente. Eu tenho que fazer essa pergunta amarga.
Fazê-la é muito indigno, irmão, pois você disse... que não havia mais ninguém para você, que eu era seu país secreto. A terra dos seus sonhos.
Então... quem é ela?
- Nenhum corpo de mulher me tenta. Por favor, acredite quando digo que... jamais te deixarei por causa de outra mulher.
Quem seria minha deusa escarlate?
- Mas eu nunca pedi isso... para me vendar os olhos e procurar por um beijo.
Minha mente está em chamas. Onde uma vez minhas pernas se... enrolaram de desejo por você, agora tudo o que sinto é ódio.
Eu quero te atacar. Te esfaquear. Te apunhalar pelas costas. E fazer com que sinta o poder da minha vingança, seu galanteador hipócrita!
- Um hipócrita?
Eu não sou mentiroso.
O que eu posso fazer para te purificar a mente?
Eu preciso te lava. Sim, da cabeça aos pés.
- O que você disse?
- Como pode duvidar de mim?
- Me lavar?
Você vê alguma sujeira?
Não vê como suas palavras machucam?
- Divindade
- Não me chame assim. Não sou eu.
- Em longas tardes senti os teus braços sobre mim... senti você, senti o encanto do corpo no corpo, da pele na pele. Mas, quando meu sangue está dizendo que é pecado....
- Agora espere. “Sangue”? “Pecado”?
O que está acontecendo?
- Eu me lembrei quem sou.
Os velhos sábios dizem que todo amor dado pela mulher nos distrai. Nos dizem que a riqueza espera por aqueles que superam a tentação... para atender a um chamado mais elevado.
Você está me pedindo para dar as costas, cair em pecado.
- Você consegue me olhar nos olhos e dizer que sou o seu pecado?
Você acha mesmo que não sou limpa? Uma vagabunda de segunda mão, uma máquina de transar? Uma distração suja de alguma forma obscena?
Olha, eu não sou apenas sua “deusa” ou “rainha”. Eu sou qualquer coisa... que escolher do século XXI, incluindo sua professora ou rei!
- Eu te fiz deusa e rainha. Eu te coroei.
- Foda-se! Quem você pensa que é?
- Eu já falei: você não é um rei!
É o meu papel.
- Senhor, desculpe-me. Eu esqueci. Você é o filho; e eu, não. Eu sou a filha, logo inferior.
- É você, seu povo... que se acha superior. Vocês querem governar, querem estragar. Querem nossas terras, nosso petróleo! Você acha isso civilizado?
Seu país é um dragão cuspindo fogo. Terra de marcas e fantasia: Big mac, big burguer, sim, big tudo.
E você, americana loira, é magra demais. Esbelta demais. Não é feminina. E a sua pele também: muito pálida, insípida. E seus olhos muito azuis.
Por que você me faz sonhar com você?
- Então estamos em guerra?
Seu terrorista!
- Imperialista!
- Preconceituoso!
- Vaca!
- Como chegamos nisso? Como me confundiu com eles?
Olha, eu não sou só americana, sou irlandesa também.
- E daí? Você tem raízes em algum lugar, mas esqueceu que é qualquer coisa... exceto poderosa. The big boss!
Você escuta nossas crianças gritarem, mas não tem dó, porque não são suas.
- Isso não é justo. Eu não pedi para fazer o que fizeram. Eu não tenho orgulho. Tenho vergonha.
Olha, eu sou uma só. Eu sou eu.
- “Eu isso, eu aquilo”.
Cada um de nós somos nós. Não estamos sozinhos.
- Eu sei. Eu concordo.
Eu não sou sua inimiga.
Como isso começou?
- De Eluis a Eminem, a arte de Warhol...
Conheço suas histórias, suas músicas de cor. Mas você conhece a minha?
Não, todas as vezes sou eu que me esforço, eu aprendo a rima do seu inglês.
E você conhece alguma palavra da minha língua, ao menos uma?
Você sabia que “Álgebra” era um homem árabe?
Você já leu a Bíblia?
Você já leu o Alcorão?
- É por isso que está me rejeitando?
- “Rejeitando”? Não, eu não rejeito. Mas, sim, eu exijo respeito.
Você disse que me queria. Mas como o que?
Seu “outro” exótico? Seu brinquedinho de estimação? Seu amante secreto?
Você me compra com cartões de crédito em restaurantes. Você me quer só para te satisfazer?
Não vê que ser desejado, não pelo que sou, não por minha nobre ascendência, mas pelo meu corpo, destrói minha dignidade?
Seu orgulho está ferido? Você está se sentindo pequena e machucada? Mas posso caminhar de cabeça erguida quando as pessoas cospem na minha cara por ter medo de mim?
Onde está o meu lugar de orgulho e honra neste jogo onde até.... pronunciar o meu nome é uma impossibilidade?
- Estou ouvindo. Fale mais.
- Na sua terra eu não sou visto. Eu sou um desafortunado.
Você não imagina, com os privilégios da pele branca..... e os direitos humanos que lhe são garantido... como eu preciso lutar para cada coisinha
.
















Se e quando eu morrer eu quero ver você chorar... arrancar os cabelos. Seus gritos de agonia no ar. Quero ver você bater no peito... e alugar suas roupas e todo o resto. E soluçando, cair na minha cama. Eu quero saber que estou morta.
Eu quero saber que sou parte de você e que você não suporta minha ida. Quero ver você vestida de preto, com os olhos vermelhos de cansaço... por noite mal dormidas de sofrimento. Eu quero ouvir seu protesto na minha partida. Eu quero te ver nos braços de alguém gemendo. Ver você chutar uma cadeira e socar a parede e, reclamando, cair no chão... e gritar.
Eu quero saber que isso não é apenas um sonho.
Eu quero que minha morte seja como minha vida.
Eu quero a bagunça a batalha e o conflito. Quero lutar e ver você lutando por mim.
Eu quero ouvir... o seu arrependimento pelas coisas que não disse e não fez.
Na verdade, queria isso antes da minha morte.
Não os deixem demoverem-na ou fazerem-na ir, ou dizer que não é bom para mim... ou que para mim será difícil ir. Não é verdade.
Quero ver você sofrer.
Não me deixe afundar no silêncio, toda devota e educada.
Vamos fazer barulho!
Uma luz diferente encherá a sala.
Eu quero que minha morte te acorde e que você se sinta só.
E, quando eu for, quero ouvir você gritar.
- Não, não, não...
- Mas eu partirei
- Não, não. Por favor, não morra.















A sujeira não acaba. Ela só muda de lugar. Algumas coisas queimam ou são enterradas. Mas fogo faz fumaça, fuligem e sujeira... e as coisas enterradas surgem depois de um tempo. Viajam devagar. Pode-se dizer que se arrastam. Só tem água por baixo, infiltrada.
Deus nos deu olhos que não vêem muito, ou ficaríamos loucos. Nunca iríamos querer tocar de novo uma cama, ou sofá ou uma cadeira... se pudéssemos ver o que tem neles.
Há milhares delas. Muitas coisas com pernas. Elas furnicam e deixam seus ovos. Eles adoram nossa sujeira, vivem do que deixamos lá. Sobrevivem com pedaços nossos que morrem.
Mas menores que os ácaros são os germens.
Bem, fazemos o possível. Esfregamos e esfregamos... mas eles voam quando espirramos, nas gotas úmidas, cheias de doença.
Aí, tudo o que temos que fazer é respirar... e eles estão em nós, tentando nos matar. Não só os germens. Eles não parecem se os piores.
Há os vírus.
Alguns dizem que foram os primeiros a existir. E, por serem tão pequenos, não podem ser limpos nunca.
É por isso que no final não existe uma limpeza impecável. Você manda a sujeira embora para outro lugar. O trabalho nunca termina, é o que descobri.
Talvez a terra seja uma bola de penugem.
Alguns grandes limpadores dizem:
“Chega”.
É assim que sobrevivemos.
Por que não? Nós somos os parasitas que Deus esqueceu..
A verdade é que nunca desaparecemos. Apesar de tudo o que tememos... certamente não acabamos com a morte, por mais que as funerárias tentem.
Cada criatura alimenta outra. Todos são mães de todos. Ou, no mínimo, um tipo de hospedeiro.
Quando expiramos, talvez mudemos um pouco, mas não desaparecemos.
Não, nós deixamos uma marca. Uma impressão digital. Alguma bagunça. Talvez alguma dor, medo, ou dúvida, no coração de alguém.
Com certeza deixamos uma bagunça quando partimos.


Quando você olha de perto nada vai embora. Só muda. Como a noite vira dia, e o dia vira noite. Mas nem isso é verdade. È uma questão de ponto de vista, dependendo de onde se está na terra.
E, no fim, não vale a pena desperdiçar a vida.
Você não pode. Porque tudo o que você faz ou diz está lá, para sempre. Deixa provas.
Na verdade, é senso comum: não existe o “nada” absolutamente. Pode ser muito, muito pequeno, mas ainda está lá.
Na verdade acho que o “não” não existe.
Há apenas o “SIM”.




quinta-feira, dezembro 14, 2006

"Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto ao mar"
Sophia de Mello Breyner

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quarta-feira, dezembro 13, 2006

Poesia

Sophia de Mello Breyner Andrese (Poeta que Bethânia homenageia no Mar de Sophia)

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.


Achei esta poesia dela que não está no CD e gostei muito, resolvi publicar.
Maria Bethânia lançou dois novos CDs que são maravilhos. Todo o cuidado com o repertório, a parte gráfica dos CDs e o tema, que são as águas dos rios e mares, é perfeito. O mar de Sophia dedicado aos mares, e, Pirata dedicado aos rios. Uma verdadeira mistura de águas doces e salgadas, que juntas desaguam numa cascata de poesia, música, ritmo, interpretação e emoção que só Bethânia o sabe fazer.Muito bom mesmo..... Vai aí uma definição de um jornalista do show PIRATA:
Neste espetáculo, Bethânia celebra as águas que banham os sentimentos mais profundos: dos amores e desamores, da relação com a terra e tudo que dela emana, do enlace entre o sagrado e o humano, da reverência às próprias referências.
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É muito bom conseguir uma coisa que se deseja. Uma taça de chá, por exemplo, ou mesmo passar nas provas do mestrado e é por isso que estou aqui para brindar com chá, uma de minhas bebidas preferidas, tomo todos os dias, bom, para brindar a minha entrada para a academia novamente. Vai ser muito divertido voltar a estudar, isso que é o mais importante..... Vou adorar fazer esse trabalho. Nem acredito que consegui a única vaga na minha área. Grande mestre.......hehehe! Posted by Picasa

domingo, dezembro 03, 2006

Frederic Chopin

Comprei um cd que se chama "Nocturne" tocadas por Rubinstein. Maravilhoso, mas tem uma faixa, a 7, que é: Piano Concerto No.1, Op. 11 de Chopin que é incrível. Ele só toca a Romance: Allegro, mas é muito lindo. Quase que uma transmutação. Para quem gosta é uma boa dica. Adoro Chopin, se eu fosse pianista só tocaria ele.  Posted by Picasa

terça-feira, novembro 28, 2006

Fernand Khnopff

Né en 1858 en Flandre orientale, dans une famille de magistrats, Fernand Khnopff passe son enfance à Bruges, où son père est substitut du procureur du roi. Peu après la naissance de sa soeur Marguerite, qui sera son modèle favori, la famille Khnopff quitte Bruges pour Bruxelles, où le père a été nommé juge. Fernand Khnoptf fait ses études à la Faculté de Droit de Bruxelles, et en 1876, il entre à l'Académie des Beaux-Arts de Bruxelles, où il est l'élève de Xavier Mellery. En 1877-1880, il séjourne fréquemment à Paris, où il fréquente l'Académie Jullian. Membre fondateur du Groupe des XX à Bruxelles en 1888, Khnopff participe aux expositions du groupe dont il réalise une des affiches.En tant que graveur, Khnopff pratique surtout la pointe sèche. Il en exécute treize durant la période 1898-1906, qui ne portent pas de signature, ni de monogramme. Elles ont très fréquemment pour thème des attitudes féminines. Posted by Picasa
Quanto tempo sem passar por aqui!?...... Parece que esqueci de mim, sim, pois esse blog faz parte do meu EU, e quando o abandono é como se estivesse abandonando a mim mesmo.
Talvez não quisesse escrever para não ter que vasculhar meu íntimo. Ele estava muito bagunçado, mas agora estou retomando e podendo olhar para dentro de mim e ver o que precisa ser ajustado.
Sempre quando um ano acaba a gente faz mil e um projetos para o ano seguinte. Normalmente ficam somente no projeto e muitas dessas coisas não se realizam.
Ainda não pensei o que quero realizar em 2007. Só sei de uma coisa quero muita paz e harmonia para poder continuar a viagem do tempo.
De uma coisa é certo, quero sair desse mundo de carcaças e entrar no tranparente, ser transparente com as pessoas.
Lá fora faz cinza, mas o sol brilha dentro de mim e isso é bom demais. "Soleil illumine mon être".
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sexta-feira, novembro 17, 2006

"Prefiro ficar só, com minha ilusão, que matar a esperança de amar, no meu coração." Posted by Picasa

domingo, novembro 05, 2006

Netuno oposição sol

Netuno oposição sol, olha só:
Período de confusão e de dúvidas em relação a nós mesmos. Antes, podemos ter caminhado e agido com toda confiança, mas agora não estamos tão seguros acerca de nosso poder, valor ou identidade. Eventos externos podem ter desencadeado esses sentimentos - alguém receber a promoção que esperávamos ser nossa, a perda de um emprego, ou o final de um realcionamento que significava muito para nós. Cansaço, desatenção e depreção, são palavras chaves desse período. O objetivo é de podermos efetivamente nos reconstruir de uma nova forma. Algo precisa morrer para que nasça algo novo. Netuno implica em permitir a nós mesmos morrer na forma que até agora nós conhecemos, para que possamos reemergir com um novo senso de quem somos.
Estou entrando nesse trânsito e fico por aqui um bom tempo, pelo menos até o final do ano. Pode!?
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quarta-feira, novembro 01, 2006

Felizmente passou o mes das bruxas. Elas estavam soltas atacando nossos sonhos, nossos desejos, nossas vidas. Espero que tenham ficado perdidas neste mes de outubro. Novembro fechou as portas para elas. Fiquem com seu halloween em suas vassouras voadoras perdidas no tempo e no espaço. Deixe-nos sonhar e viver em paz novamente....... Posted by Picasa

sexta-feira, outubro 13, 2006

"Por que precisa você de um texto se sua voz e interpretação sem auxílio dele são mais expressivas e significativas do que quaisquer palavras?" Dorotee Eberlein Posted by Picasa

quinta-feira, outubro 12, 2006

Fernando Pessoa

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa, 18-9-1933
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sexta-feira, outubro 06, 2006

"Quem sempre olha para trás,
não vê senão sua sombra"
.
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Terra Ronca combina com Fernando Pessoa

Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem por entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida."
Fernando Pessoa, passagem das horas"

Foto tirada em Terra Ronca-GO por Diederich Peeters
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segunda-feira, outubro 02, 2006


Sonho. Não sei quem sou.
Fernando Pessoa

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me.
Na hora calma Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.

Se existo é um erro eu o saber.
Se acordo Parece que erro.
Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.

Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
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domingo, outubro 01, 2006

Foto: Diederich Peeters Posted by Picasa
"Se não me for dado encontrar-te
nesta minha vida,
permite-me então sentir
sempre que eu não consegui te enxergar.
Permite que eu não me esqueça disso por
um só momento.
Deixa-me arrastar o tormento dessa tristeza nos meus sonhos e
nas minhas horas de vigília.

Enquanto os meus dias se passarem
no confuso mercado deste mundo,
enquanto as minhas mãos se encherem
com os ganhos do dia, permite-me sentir
que eu nada ganhei. Permite que eu não me
esqueça disso por um só momento.
Deixa-me arrastar o tormento dessa tristeza nos meus sonhos e
nas minhas horas de vigília.

Quando eu me sentar à beira do caminho,
cansado e ofegante, quando eu
estender a minha esteira no chão,
permite-me sentir que a longa jornada ainda
continua diante de mim.
Permite que eu não me
esqueça disso por um só momento.
Deixa-me arrastar o tormento dessa tristeza nos meus sonhos e
nas minhas horas de vigília.

Quando a minha casa estiver
enfeitada e nela soarem as flautas e os
risos, permite-me sentir que eu não te
convidei para a minha festa. Permite que
eu não me esqueça disso por um só momento.
Deixa-me arrastar o tormento dessa tristeza nos meus sonhos e
nas minhas horas de vigília."
Rabindranath Tagore, in "Gitanjali" (Song offerings/Oferenda lírica, 1913)

quarta-feira, setembro 20, 2006

Bolo Cetim de Chocolate

Me pediram tantas vezes essa receita que resolvi publicar. É bom demais.....

Ingredientes

Para massa:

3 ovos 1 xícara de açúcar (180 g)
1 1/2 xícara de farinha de trigo (180 g)
1 xícara de chocolate em pó (90 g)
1/2 xícara de leite (120 ml)
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (sopa) de suco de limão

Para a cobertura e recheio:
4 gemas
200 g de chocolate meio amargo,*bem picado
1 xícara de açúcar (180 g)
1/2 xícara de água (120 ml)
1 colher (sopa) de manteiga


Preparo
Preaqueça o forno a 200ºC (quente).


Prepare a massa: coloque no liqüidificador todos os ingredientes. Bate até obter uma mistura lisa. Divida-a em duas fôrmas de 21 cm de diâmetro, untadas com manteiga. Leve ao forno preaquecido e asse por 30 minutos ou até que, enfiando um palito no centro, ele saia limpo. Retire do forno, deixe amornar e desenforme.

Prepare a corbertura: coloque as gemas e o chocolate picado no liqüidificador e reserve. Leve ao fogo uma panela com açúcar e a água e cozinhe até o ponto de fio. Teste pegando um pouco da calda entre os dedos. Afaste-os. Se formar um fio resistente, estará pronto. Ligue o liqüidificador e despeje a calda, caindo em fio. Junte a manteiga e bata até ficar um creme liso. Coloque um dos bolos num prato e espalhe uma parte do creme. Cubra com o outro bolo e espalhe o creme restante. Se desejar, reserve um pouco de creme, coloque-o num saco de confeitar e decore o bolo.
Rendimento: 12 fatias de 365 calorias cada.


segunda-feira, setembro 18, 2006

Esta semana, Sampa que me aguarde. Muita cultura, muita agitação , muita pizza..... Isso é Sampa. Que preguiça! A gente acostumado com essa vida tranquila de Brasília, só de pensar na agitação paulistana já dá vontade de não ir. Espero que seja legal. Queria mesmo é ir para uma praia e ficar pelo menos 15 dias somente curtindo o sol, o mar, a natureza.
Bom, vamos para a cidade poluição. Temos que aproveitar para nos intoxicarmos um pouco.
Hehehe..... Espero que seja bom.... Posted by Picasa

domingo, setembro 17, 2006

A MÚSICA ME PERSEGUE


A MÚSICA ME PERSEGUE...............
NÃO CONSIGO ME LIVRAR DELA
A MÚSICA ME SEGUE E ME SEGA
MESMO QUE FOSSE SURDO,
AINDA ASSIM OUVIRIA
ACORDES, MELODIAS E RÍTMOS
E SE FOSSE MUDO....
ASSIM MESMO CANTARIA
PORQUE MEU CORPO VIBRA EM DISSONÂNCIAS
QUE SE AGRUPAM EM HARMONIA.

MEU ADAGIO PIFOU
SÓ ANDO EM PRESTÍSSIMO
NA VELOCIDADE DO SOM
OS VOCALISES GLISSAM NO PALATO
BUSCANDO A PERFEIÇÃO.....
NO CLÁSSICO ROMÂNTICO ME PERDI EM EMOÇÕES
VIVI INTENSAMENTE TODAS ELAS
ALEGRIA, DOR, AMOR....
EXAGEREI NO PRAZER E BEBI DA RECOMPENSA
AGORA, AINDA ASSIM
A MÚSICA ME PERSEGUE......
(Flávio de Moraes)

segunda-feira, setembro 11, 2006

Não Sei....


Não Sei...
Cora Coralina


Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
nem longa demais mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

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quinta-feira, setembro 07, 2006

... E por falar em flores...


Os ipês brancos, rosas e lilazes estão arrasando na cidade. Dizem as boas línguas que os ipês são mensageiros do céu, do sol e das chuvas e avisam pontualmente que a Alma Universal já descansou o suficiente e já se sente preparada para um novo ciclo. Parece que as luzes do distante sol de inverno, se agrupam e conspiram reacendendo através da planta um pseudo sol aqui na terra. São os clarins luminosos que indicam o fim de uma etapa e o recomêço de outra. São "despertadores vegetais" , cujo brilho ilumina e acorda a alma do homem anunciando a chegada da primavera. Eles lembram que o calor e o colorido estão de volta. São os "galos cantadores matutinos" que nos despertam para a alegria de mais um dia universal.
Texto:Liane Leipnitz
Foto: Flávio de Moraes (Pantanal)
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