quarta-feira, janeiro 28, 2009

Carta do dia - Rei de Espadas (Tarô de Crowley)

Hoje você irá diretamente ao seu objetivo. Você poderá entusiasmar as pessoas com os seus planos, já que possui os conceitos mais convincentes e os melhores argumentos além de apresentá-los com charme e espirituosidade. Aproveite essa clareza mental, sobretudo para tomar decisões que já deveriam ter sido tomadas. Caso você esteja com um problema que não consegue resolver há muito tempo, procure hoje a ajuda profissional de um especialista.

sábado, janeiro 17, 2009

"Eu te amo" - disse.
E o mundo despencou-lhe nas costas
Não havia de sofrer tanto
O mundo pesa sobre o amor
Leveza dá pena no espaço
E se teu amor por mais pedra não voar:
Liberta tuas costas do peso que não carregas.
E se teu amor por mais pena não mergulhar:
Vai te banhar e olha-te no olhar que não te cega.
Se teu amor te pesa mais que o mundo que carregas:
Degela-o e deixa-o beber os deltas.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Da luz a Lúcifer e Vice Versa


Em tempos insanos, de tanta gente maluca por vaidade, maluca por juventude, maluca por dinheiro, maluca por poder, os lúcidos destacam-se pela raridade. São aqueles que não inventam personagens de si mesmos ( e se inventam, sabem), não se trapaceiam, não criam fantasias. Se comprometem com a realidade. Se comprometem com a verdade. E se envolver assim com a transparência dos fatos requer uma integridade diabólica. Para olhar o bicho nos olhos é preciso ser bicho também. Enfrentar a verdade é quase um ato de selvageria.
No ano do SOL, poderíamos dizer ano da LUZ, ano de Lúcifer, ano dos lúcidos, ano dos loucos..., um
amigo "en passant" na festa do Ano-Novo disse: "Ah este é o ano do SOL? Então isto significa que tudo vai ficar claro? " Gostei. Simples assim.
E daí vem os ditos:
O sol que ilumina, também cega.
O sol que aquece, também queima.
O sol que ilumina, ilumina, por mais que seja toldado por nuvens negras.
E com a força de raio-X de Plutão em Capricórnio, a verdade prevalecerá. Nos resta saber que verdade é esta? Acho que uma verdade desestabilizadora: a de que não existe verdade absoluta. Nossos pensamentos não estacionam, nossos desejos variam, o certo e o errado flertam um com o outro, não há permanência, tudo é provisório, e buscar um porto seguro é antecipar o fim: a única segurança está na morte, será ela nosso único endereço definitivo. Durante o percurso da vida, tudo é movimento, surpresa e sorte.
O lúcido faz parte do time - cada vez mais desfalcado - dos que se desesperam como todo mundo, porém de um modo mais íntimo e refinado. O lúcido organiza sua loucura e sabe que lucidez é uma falácia. Como são falácias nossas verdades.
Quando minha mãe, que já está num mundo particular (no entre-mundos/bardo), diz que não quer mais ficar aqui, quer ficar na sua casa, com seu pai, sua mãe e seu marido, eu brinco e digo que eles estão comendo bolo de laranja numa outra frequência e, que daqui a pouco ela estará com eles. Ela me responde num lapso de racionalidade: "Tá brincando "? Eu não quero morrer!"
Daí eu me deparo com a fragilidade das minhas verdades. Verdades inventadas para explicar o inexplicável. Verdades inventadas para que eu possa seguir com minha vida. É uma "leela", uma sagrada brincadeira do universo. Como diz o OSHO, sou eu.
E neste ano do SOL, de lúcifer, dos lúcidos, dos loucos, vamos surfar nas ondas do imprevisto, do imponderável, do inominável...
com alegria e bom humor!!!
Texto: Liane Leipnitz
Título: Flávio Bonugli