domingo, fevereiro 03, 2008

A Estrada


"Naqueles primeiros anos as estradas estavam povoadas por refugiados amortalhados em suas roupas. Seus carrinhos de mão com pilhas de quinquilharias. Arrastando carrinhos. Os olhos brilhando no crânio. Cascas incrédulas de homens cambaleando pelas estradas como migrantes numa terra febril. A fragilidade de todas as coisas finalmente revelada. Questões antigas e perturbadoras solucionadas para se transformar em nada e noite. Apaga a luz e vai embora. Olhe ao seu redor. Para sempre é muito tempo. E para sempre não é tempo algum."

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